13/06/2008

Santo António


Mais importante do que lembrar que ontem foi sexta-feira treze, é não esquecer que foi o dia de Santo António de Lisboa, feriado na Capital e noutros locais do país.

"Na tarde do dia 13 de Junho de 1231, no eremitério de Arcela, às portas de Pádua, exausto pela intensidade com que vivera a sua total doação a Deus e aos irmãos, entre agonias e êxtases, morreu Santo António.
Nascera em Lisboa, por volta de 1190.

A sua vida, breve no tempo, projecta-se numa presença de sete séculos e meio, na memória e no coração dos homens.
Aquando da sua passagem para a glória do Senhor e sem que ninguém tivesse anunciado o acontecido, grupos de meninos percorreram as ruas de Pádua, a clamar: Morreu o Santo! Morreu Frei António!
A cidade foi tomada dum alvoroço que não se extinguiria mais e contagiaria o mundo inteiro.
Passou pela existência qual meteoro consumido pelo próprio brilho e, a 750 anos do seu trânsito, mantém-se junto de nós, fraterno e amigo, réstea de luz nas sombras que se acastelam por sobre as nossas cabeças, bênção de farol na escuridão do mar (...)".

Conhecido sobretudo por ser o santo casamenteiro, sofre muitas vezes a consequência desta sua fama, acabando várias ocasiões enterrado de cabeça para baixo ou sem o Menino até que as moças consigam encontrar o seu par. Contudo, Santo António, por tudo o que fez ao longo da sua curta vida, merece que tenhamos por ele um carinho muito especial e que o conheçamos de outra forma que não a tradicionalmente apregoada. Entre outros, Santo António de Lisboa, fez o milagre de ressuscitar um morto aquando de um julgamento e acredita-se ainda que obteve a graça de pegar o Menino Jesus ao colo. Tradicionalmente, é-lhe atribuído ainda, o poder de encontrar objectos perdidos, e de realizar vários milagres ao lhe ser rezado o Terço Antoniano, diferente dos terços comuns.

Muita coisa haveria a dizer deste santo tão querido dos portugueses, mas aqui fica a nossa homenagem (ainda que pequenina e modesta) a Santo António, por quem tenho uma especial devoção.


"Os santos, neste lugar tenebroso, brilham como as estrelas do firmamento. E tal como o calçado defende os pés, assim os exemplos dos santos defendem a nossa alma, tornando-nos capazes de espezinhar as sugestões do demónio e as seduções do mundo".
Santo António