28/05/2008

Quando nestes últimos dias assisto às notícias das catástrofes naturais que têm assolado tantos países em vias de desenvolvimento, tenho pensado seriamente na vulnerabilidade humana!... Quão pequeninos nós somos!... Sempre à mercê dos perigos que possam aparecer!
Como viveríamos nós sem o amor e vigilância de Deus? Sem uma mão que nos protegesse das coisas más que vão surgindo? Há quem coloque também a questão oposta: se realmente Deus existe, porque não evita tudo aquilo que nos ameaça?
Bem, na verdade, a maioria das catástrofes, são consequênciada da acção humana. Com que discernimento diríamos nós a Deus: "destrói a casa que eu construí"? Porque haveríamos de querer que o Pai procedesse à eliminação "selectiva" das consequências das nossas acções?
Li um dia que Einstein, quando interrogado acerca da incompatibilidade da existência simultânea do mal e de Deus, disse algo do género:
"Nós estudamos o frio? Não. O frio não existe; o que existe é a ausência de calor"
"Nós estudamos a escuridão? Não. Estudamos sim a luz. A escuridão é a ausência de luz"
"Portanto, o mal não existe. O que existe é a ausência de bem"
Há então lacunas a preencher. Há bem que ainda está por fazer. Talvez, quem sabe, seja melhor fazer o bem do que tentar a todo o custo eliminar o mal. Não seria ameaça suficiente àquele que pratica o mal ver que todos os outros praticavam o bem?

20/05/2008

"Apareceu a ternura e o amor de Deus"

Se ninguém te ama, a minha alegria é amar-te.
Se choras, Eu desejo consolar-te.
Se és fraco, Eu dar-te-ei a minha força e energia.
Se ninguém precisa de ti, Eu preciso.
Se te julgam inútil, Eu não posso prescindir de ti.
Se estás vazio, a minha plenitude te encherá.
Se tens medo, Eu levo-te aos ombros.
Se queres caminhas, Eu irei contigo.
Se me chamas, Eu não descanso até te encontrar.
Se estás cansado, Eu sou o teu descanso.
Se pecas, eu sou o teu perdão.
Se precisas de mim, Eu digo-te: estou dentro de ti.
Se andas nas trevas, Eu sou a luz para os teus passos.
Se tens fome, Eu sou para ti o Pão da Vida.
Se queres falar comigo, Eu escuto-te sempre.
Se estás preso, eu vou libertar-te.
Se queres ver o meu rosto, olha para uma flor, para uma fonte, para uma criança.
Se és marginalizado, Eu estou a teu lado.
Se se esquecem de ti, Eu nunca te esqueço.
Se nada tens, tens-me a Mim.
Se meditas no silêncio, a minha palavra habitará no teu coração.

Tito 3,4

12/05/2008

A Linda Senhora

"No Domingo, 13 de Maio de 1917, sobre a azinheira pequenina da Cova da Iria os três pastorinhos viram "uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, que nos disse:
- Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
E eu perguntei-lhe:

- Donde é vossemecê?

-Sou do Céu.

- E que é que vossemecê me quer?

- Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
E perguntei ainda:

- E eu também vou para o Céu?

- Sim, vais.

- E a Jacinta?

- Também.

- E o Francisco?

- Também, mas tem que rezar muitos terços... Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?

- Sim, queremos."


In Jacinta de Fátima - A Pastorinha de Nossa Senhora


Amanhã comemoramos o 91º aniversário das aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos. Há 91 anos três criancinhas foram surpreendidas pela aparição de uma "linda Senhora" sobre uma azinheira e, sem hesitar, aceitaram oferecer-se para servir a Deus. Tão pequeninos e já com uma tão grande responsabilidade!... Mas quando há amor, que fardo pode ser tão pesado que não possa ser carregado, mesmo que pelas mãozinhas pequenas de uma criança? Foi o amor que manifestaram pelo Sagrado Coração de Jesus e por Nossa Senhora que os fez aceitar os sacrifícios que sofreram.
Na passada Quarta-feira, dia 7, foi a vez do nosso Grupo de Jovens fazer a sua pequena homenagem a Nossa Senhora de Fátima: rezámos o Terço na Igreja matriz da Vila e durante cerca de 45 min., manifestámos o nosso carinho por Ela. Terminamos este post com uma oração a Francisco e Jacinta:



Jacinta e Francisco,

queremos aprender convosco a amar.

Ensina-nos Jacinta,

a amar os pecadores com todo o nosso coração

e a dar a vida para que nenhum se perca.

Ensina-nos, Francisco,

o teu enorme amor ao Coração de Jesus,

ferido pela ingratidão dos homens.

Pastorinhos de Fátima,

pela vossa mão queremos entrar,

cada vez mais, no Coração de Maria,

nosso refúgio,

que nos há-de conduzir até Deus.

Amén.




04/05/2008

"Um Deus chamado Abba"


O excerto que se segue foi retirado de um livro de José Luis Cortés da editora estrelapolar, cujo título é também o título da nossa postagem.



"Muitas pessoas tiraram os seus cursos com bons resultados, ou simplesmente amadureceram e já sabem fazer contas em euros, mas mantêm a mesma imaginação de Deus que tinham quando fizeram a primeira comunhão (o próprio leitor ou leitora?). Algumas, se apertarmos com elas (se não, não), dirão mesmo: "Sou crente". Mas a verdade é que crêem em coisas que também se podem crer sobre a Disneylândia: que alguém teve de criar isto; que quem se porta mal é castigado; que tudo acontece porque alguém quer que assim seja...


Ninguém lhes disse, nem antes nem depois, que Deus dá para mais: que trabalhar a imagem de Deus é a melhor maneira de se fazerem elas mesmas pessoas, de se "realizarem", de deixarem para trás, juntamente com as imagens obsoletas de Deus, a sua auto-imagem infantil e pouco madura; que procurar Deus é, enfim, a melhor maneira de se encontrarem a si mesmas (...).


Não é de admirar que, com o passar do tempo, as pessoas prescindam de Deus se o Deus no qual dizem crer é como alguns o pintam: um Deus completamente antipático, repressor, exclusivista deste ou daquele grupo, um Deus que toda a vida foi de direita ("Deus cheira a direita", escreveu Manuel Vicent), protector dos privilégios dos privilegiados, eclesiástico até dizer chega, 100% espírito puro... "Não sou incrédulo - confessava Ernst Junger - mas uma pessoa que pede coisas dignas de que se creia nelas"."